“Vogue" de Madonna: 35 anos de impacto cultural e artístico
- Radar Literário
- 27 de mar.
- 2 min de leitura
Da redação do Radar Literário do Teoria Literária
Por: Michael Andrade
Lançada em 27 de março de 1990, "Vogue" não é apenas uma música; é um marco que revolucionou a cultura pop, a moda e a representatividade. Inspirada no estilo de dança voguing, nascido da comunidade LGBTQIA+ nos ballrooms de Nova York, a música trouxe para o mainstream a expressão artística marginalizada da época, colocando os holofotes sobre aqueles que, muitas vezes, estavam à margem da sociedade.

Na moda, "Vogue" tornou-se sinônimo de glamour. As referências à era dourada de Hollywood e o icônico videoclipe dirigido por David Fincher introduziram um estilo sofisticado e minimalista que influenciaria campanhas de moda, editoriais e passarelas por décadas. Madonna não apenas cantava, mas vivia a moda como uma arte, tornando-se uma musa atemporal para o mundo fashion.
Para a comunidade LGBTQIA+, "Vogue" foi um ato de celebração e validação. Ao popularizar o voguing, Madonna ajudou a dar visibilidade às lutas e talentos dessa comunidade, criando um espaço de empoderamento e orgulho. A canção tornou-se um hino de autoexpressão e liberdade, algo que ressoa até hoje em pistas de dança ao redor do mundo.
No palco, "Vogue" tornou-se indispensável. A música foi executada ao vivo em várias turnês de Madonna, incluindo:
- Blond Ambition Tour (1990)
- onde fez sua estreia épica;
- The Girlie Show (1993)
- The Re- Invention Tour (2006)
- Sticky & Sweet Tour (2008-2009)
- MDNA Tour (2012);
- Rebel Heart Tour (2015)
- Madame X Tour (2019-2020)
E em 2023, na turnê The Celebration Tour, "Vogue" mais uma vez demonstrou sua relevância e força, destacando-se como um dos momentos mais esperados do show.
Essa longevidade reafirma "Vogue" como um dos maiores sucessos de Madonna, consolidando sua posição como a Rainha do Pop e uma voz revolucionária na música, moda e cultura. "Vogue" também brilhou em apresentações ao vivo memoráveis, como no VMA de 1990, onde Madonna subiu ao palco vestida como Maria Antonieta, transformando a performance em um espetáculo teatral e dançante que fez a plateia vibrar. Mais recentemente, a música ganhou uma nova interpretação vibrante no Pride Island de 2019, em Nova York. Essa versão derivou para a Madame X Tour, provando novamente o impacto duradouro e a capacidade de reinvenção de "Vogue".
Cada performance carrega consigo a essência da música: celebrar a expressão, a individualidade e o poder de "dar uma pose!"
Ainda hoje, "Vogue" continua a nos lembrar da importância de brilhar, mesmo nas adversidades, com a cabeça erguida e "strike a pose!" (Fazendo Poses).
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